O Cristianismo é uma religião
monoteísta – ou seja, acredita na existência de um único deus. Ele se baseia
nos ensinamentos deixados por Jesus de Nazaré, o qual acreditam ser o Filho de
Deus, o Cristo ou o Messias. É dividido em três grandes vertentes: o
catolicismo, a ortodoxia oriental e o protestantismo.
A Bíblia
Como texto religioso, ou escrituras
sagradas, o Cristianismo tem a Bíblia, que é considerada pela Igreja como uma
escritura de inspiração divina – revelada por Deus. A Bíblia foi escrita entre
1445 e 450 a.C. (livros do Antigo Testamento), e 45 e 90 d.C. (livros do Novo
Testamento), por quarenta autores. Boa parte dos historiadores acreditam que os
primeiros livros foram escritos mais recentemente – acredita-se que o
Pentateuco, por exemplo, foi escrito apenas após o Cativeiro Babilônico (o
exílio dos judeus do antigo Reino de Judá para a Babilônia).
De acordo com a interpretação
literal do livro de Gênesis – o primeiro da Bíblia –, Deus criou a luz, o céu,
a terra, os astros, os animais e, por fim, o homem, à sua imagem e semelhança.
Tudo isso, em seis dias, pois no sétimo dia descansou. Para muitos cristãos e
judeus, a criação descrita pela Bíblia não deve ser levada de modo literal, mas
de forma metafórica para compreender a criação do Universo. Isso não impede que
algumas correntes fundamentalistas do Cristianismo defendam a leitura literal
dos textos bíblicos, rejeitando a idade da Terra e do Universo estipuladas pela
Ciência – defendem que o Universo foi criado em seis dias, há cerca de dez mil
anos atrás. Essa corrente também pode ser definida como criacionista.
A leitura da Bíblia, de fato, é
complicada. No livro de Gênesis, por exemplo, é dito logo no primeiro capítulo,
no versículo 27, que Deus criou o homem e a mulher, à sua imagem e semelhança,
para multiplicarem-se e encher a terra. Contudo, no segundo capítulo, já no
sétimo dia, enquanto descansava, é dito no versículo 5 que ainda não havia
plantas nos campos, pois não chovera, e não havia homem para lavrar a terra. E,
então, no versículo 7 do segundo capítulo, Deus criou o homem; e no versículo
22 é criada a mulher. Um pouco confuso, não?
Origens
Com suas origens no Mediterrâneo Oriental, o
Cristianismo rapidamente se alastrou, tanto em abrangência como em influência.
No século IV já era considerado como a religião dominante no Império Romano.
Nesse período, a religião começou a
disputar espaço com o Paganismo. Em 392 surgiu a primeira proibição dos cultos
pagãos. A partir de 435, foi instaurada a pena de morte àqueles que insistissem
a fazer rituais pagãos. Mesmo após ceder ao Cristianismo, os pagãos sofreram a
cristianização de suas festas, que passaram a ter um novo sentido. Tudo que a
Igreja não conseguia destruir, no que se referia às antigas práticas pagãs, ela
adaptava aos moldes cristãos. Houve um período em que a fé era dupla: os pagãos
acreditavam em Jesus, mas não abandonavam inteiramente as suas práticas.
Durante a Idade Média, o
Cristianismo se espalhou por toda a Europa, adquirindo novos seguidores e, após
a Era das Descobertas, com os trabalhos missionários e a colonização, chegou às
Américas. Pouco após isso, começou a tão famosa “Caça às Bruxas”, onde as
pessoas eram perseguidas por suas crenças e práticas pagãs – durante 400 anos,
houve muitas mortes com acusações de bruxaria. Grande parte dos acusados eram
adeptos da medicina natural, eram curandeiros e “bruxos” caçados por médicos
que tentavam implantar, ali, a medicina científica.
Simbologia
Para os cristãos, um único deus rege
o Universo e a vida humana. Um deus onipotente, onisciente e onipresente.
Segundo o Cristianismo, Deus é eterno e, assim, existe como três seres eternos:
o Pai, o Filho e o Espírito Santo – a Santíssima Trindade (aceita pela maioria
das denominações cristãs, exceto pelo monoteísmo judaico). Outro ponto muito
importante, é a figura de Jesus Cristo, o Filho de Deus. Jesus é tido como um
exemplo, que veio à Terra para ser sacrificado e permitir que o caminho dos
homens até o céu seja alcançado.
A Igreja é o corpo místico de Cristo
na Terra, representando a sua continuidade. As mais importantes são: a Igreja
Católica, as Igrejas Protestantes e a Igreja Ortodoxa.
O culto cristão envolve a oração e a
leitura alternada dos salmos ou de passagens bíblicas. São cantados hinos a
Deus, Jesus ou ao Espírito Santo, mas também aos anjos e santos (no caso dos
católicos, episcopais e ortodoxos). Boa parte das denominações cristãs têm o
domingo como o dia de culto. Outras, no entanto, têm o sábado como um dia de
guarda, um dia sagrado. Um fato interessante é que, no caso das Igrejas
Batistas, Adventistas, Pentecostais e algumas outras, o batizado é feito apenas
quando o indivíduo é maduro o bastante para decidir por si, com a certeza de
que quer seguir o caminho da fé.
O Cristianismo tem como seu
principal símbolo a cruz, que representou a inserção do plano material e
transcendental (que está além dos limites conhecidos do Universo); depois,
significou também a ressurreição. Outro símbolo conhecido é o Ichthys, um peixe estilizado – a
palavra, em grego, significa “peixe” –, que serve como um acrônimo para Iesus Christus
Theou Yicus Soter (Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador).
Em suas raízes, as letras Alfa e Ômega também eram utilizadas como símbolo da
religião, simbolizando que Cristo era o princípio e o fim de todas as coisas. A
âncora, também já utilizada, representou a salvação da alma que alcançou o bom
porto.
Fontes:
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