Ouvi que nada queres
aprender,
Presumo assim que
sejas abastado.
Teu futuro, nada
escuro — é como um farol
A iluminar-te.
Anteparo seus pais deixaram
E cairias em pedras
se por isso não o fosse.
Por conseguinte, nada
tens que aprender.
Persistir, tu podes,
na figura que és.
Dificuldades, quando
houverem —
Em algum lugar ouvi
que volúvel é o tempo —
Escutarás de seus
mentores
O que fazer,
precisamente, para penúrias não sofreres.
Eles estudaram com
outros tantos
O saber da verdade,
De como é, sempre,
valiosa.
De seus preceitos
para ajudar-te.
Sendo servido em
demasia,
Tu nem mesmo eleva um
dedo.
É certo que, se tudo
fosse de outra forma,
De tudo terias que
aprender.
O poema acima é uma tradução minha do original "I've heard you don't want to learn anything", de Bertolt Brecht.
Brecht nasceu e viveu na Alemanha, entre 1898 e 1956. Foi marxista - compreendendo o homem como um ser social capaz de trabalhar e desenvolver a produtividade no trabalho, progredindo e evoluindo em suas potencialidades humanas. Suas obras focavam na crítica às relações humanas dentro do sistema capitalista.
A maior dificuldade na tradução está relacionada à escolha dos tempos verbais. Muitas vezes utilizei o presente do indicativo para caracterizar uma ação que está ocorrendo no momento e enfatizar uma afirmação considerada incontestável. Escolhi, também, o presente do subjuntivo – “sejas” – por representar uma ideia hipotética. Consegui brincar com a sonoridade de “futuro” e “escuro”, fazendo um link com a metáfora do farol.Pelo poema não possuir um padrão de rimas, acredito que tenha dificultado o processo de tradução – o maior desafio –, uma vez que eu tenha ficado preocupado em como passar, então, o poema para o português de modo que se contextualizasse ao período em que o poema foi escrito.
Brecht nasceu e viveu na Alemanha, entre 1898 e 1956. Foi marxista - compreendendo o homem como um ser social capaz de trabalhar e desenvolver a produtividade no trabalho, progredindo e evoluindo em suas potencialidades humanas. Suas obras focavam na crítica às relações humanas dentro do sistema capitalista.
A maior dificuldade na tradução está relacionada à escolha dos tempos verbais. Muitas vezes utilizei o presente do indicativo para caracterizar uma ação que está ocorrendo no momento e enfatizar uma afirmação considerada incontestável. Escolhi, também, o presente do subjuntivo – “sejas” – por representar uma ideia hipotética. Consegui brincar com a sonoridade de “futuro” e “escuro”, fazendo um link com a metáfora do farol.Pelo poema não possuir um padrão de rimas, acredito que tenha dificultado o processo de tradução – o maior desafio –, uma vez que eu tenha ficado preocupado em como passar, então, o poema para o português de modo que se contextualizasse ao período em que o poema foi escrito.
como não ser fã deste menino???? <3
ResponderExcluirPoxa!
ExcluirValeu pelo prestígio. ;)