domingo, 25 de agosto de 2013

Então deixe brilhar!



Dias claros. Noites densas. Ele preferia os dias, porque as noites lhe davam incerteza sobre o dia seguinte. Aquela silente escuridão lhe causava agonia. Já os dias luzentes lhe proporcionavam esperança, uma vontade de seguir.

Mas de que adiantam dias sem noites? As noites ensinam tanto quanto os dias. A tormenta o preparava para possíveis tormentas que ainda viriam. Era necessário que ele trilhasse por aquele caminho, aquilo o engrandeceria.

E naquele dia ele acordara diferentemente dos dias anteriores. Enxergou o brilho do sol, deveras.
Sentiu a vontade de experimentar o que a vida tinha para ofertar. Sentiu a necessidade disto.
Não é possível ver histórias novas sem antes virar a página do livro. E ele, então, virou.
E viu um mundo de novas possibilidades.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Calado

Há noites em que a pior coisa é ter que ir dormir, porque aquela cama não é a nossa cama. Há dias em que acordar é desesperador, porque você não está ali ao meu lado. Assistir um filme, um seriado, ouvir uma música, tudo isso me remete a você. Cada pequena coisa que eu faço me remete ao tempo em que eu as fazia ao seu lado. Não dá pra não pensar.

Todo mundo diz que com o passar dos dias tudo vai ficar bem. Mas não ficou. Parecem meses, anos longe de você e as coisas só pioraram. O tempo só me mostra a cada segundo o quanto eu amo você e o quanto eu não posso tê-lo. Todo mundo diz isso ou aquilo. Mas ninguém entende o que eu sinto, de verdade.

É uma dor que quase se confunde com uma dor física. É um eterno desejo, mesmo sabendo que não será cumprido. E ninguém entende isso. Ninguém pode entender, porque apenas eu sinto isso. É de apavorar pensar que que posso passar o resto da minha vida sem você para compartilhar cada pedacinho.

Não há um dia em que eu não pense no que eu poderia ter feito, em como eu poderia ter nutrido o seu amor para que ele não morresse. Mas sabe que, por vezes, penso que ele não morreu, mas se escondeu por alguma defesa. Só penso por dois caminhos. Ou que tudo nunca significou nada, realmente, e por isso acabou - pois não foi um sentimento verdadeiro -; ou que tudo realmente significou, mas ele se escondeu - por razões a quais não compreendo. Pra mim, são as duas verdades existentes.

E já não me serve nem mais escrever. Nem mesmo assim consigo me sentir mais tranquilo ou aliviado. O sentimento que tenho por você sempre transbordou aos montes, mas agora eu tenho que contê-lo, para o meu próprio bem. E também para o seu próprio bem - para a sua assimilação. Esta contenção é o que vem causando tudo isso. Sou grande, sou forte, mas não o bastante para conseguir impedir que esse sentimento tão majestoso transborde à sua maneira.

Eu amo você. E só consigo te amar, não importa o que tenha acontecido e nem o que você venha me confessar. É a lógica da minha emoção. É a lógica do amor. Eu amo tudo o que tenho, de verdade, mas também eu amo compartilhar tudo isso com você.

Eu amo amar você!

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

O que eu queria?

Eu queria poder um dia acordar e ver que tudo não passa de um sonho ruim, um longo e um dos piores pesadelos. Eu queria poder ter a chance de resgatar algo que se perdeu sem deixar rastro algum. Eu queria poder parar de sentir essa dor, quase que física, que me atormenta dia e noite. Eu queria poder falar o que eu sinto. Mas eu só queria tudo isso, e não posso. Não posso porque, por algum motivo desconhecido, a vida quer que eu passe por cada uma destas experiências.